sexta-feira, 21 de agosto de 2009

“Passei a ser uma ‘válvula de escape’ para alguns atores”, desabafa Jhennifer Peguin, a 3ª eliminada.

Por Leandro Rodrigues

Dos dez atores-jogadores de Projeto Canastra, Jhennifer Peguin é a caçula, com apenas 15 anos. Iniciou-se como modelo, mas logo passou das passarelas aos palcos, freqüentando cursos de dança e teatro. Natural à sua idade, anseia por concluir o ensino médio e passar no vestibular.

Foi a última atriz-jogadora a entrar no processo, substituindo Julia Novaes um mês antes da estréia. “Não tive férias, ensaiava quatro vezes por semana”, explica a atriz sobre como conseguiu criar dez monólogos em tão pouco tempo. Mesmo com o auxilio de Julia e do diretor Diogo Spinelli, Jhennifer contou com um reforço extra: “Estava em choque, então pedi ajuda a minha mãe, que tem idéias ‘mega viajadas’”, revela em entrevista.

Jhennifer também foi quem deu início à competição pelo título de Ator-Canastra, sendo a primeira a se apresentar na noite de estréia, devido ao sorteio das cenas. “Foi um pouco tenso [...] mas quando entrei em cena, só tinha o objetivo de fazer o meu melhor e não ser eliminada”, relata a atriz.

Coincidentemente, antes do anúncio de sua eliminação (sábado, 15), o público assistiu a um vídeo gravado durantes os ensaios, em que a atriz-jogadora Tathiana Bott dizia apostar em Jhennifer como a primeira a ser descartada. Comentando o caso, a jovem atriz diz ter sido uma “válvula de escape” para alguns atores do elenco, que a apontavam como o alvo fácil da platéia por não quererem se comprometer com o resto do grupo. “Acho que surpreendi algumas pessoas pelo que mostrei no palco”, finaliza o assunto.

Agora, como co-jogadora do público, Jhennifer adverte aos atores-jogadores ainda na disputa que “não adianta só ter talento, tem que ter torcida!”. Livre das arapucas do Diretor-crupiê, não se intimida e encerra a entrevista ameaçando o mentor: “Crupiê, sua hora chegará!”.

Confira a seguir entrevista na íntegra com Jhennifer Peguin, e acompanhe o blog para saber o que diz Tathiana Bott, a quarta atriz-jogadora eliminada pela platéia em Projeto Canastra.


Leandro Rodrigues: Na noite de estréia, você apresentou a cena Ás de Espadas, a primeira na seqüência das dez que compõem a peça-jogo. Como foi ser a primeira “canastra” a encarar o palco e a platéia?

Jhennifer Peguin: Foi um pouco tenso, mas acho que era pelo fato de ter sido a estréia. Mas quando entrei em cena, só tinha o objetivo de fazer o meu melhor e não ser eliminada.

LR: Quando a atriz Júlia Novaes desistiu do processo, você foi convidada para substituí-la faltando apenas um mês para a estréia. Na época, os demais atores-jogadores já preparavam as cenas há quatro meses. Como foi ter criado e ensaiado dez monólogos em tão pouco tempo? E em algum momento você sentiu-se em desvantagem?

JP: Senti-me um pouco bloqueada, não tinha idéia de como faria minhas cenas, estava em choque. Então pedi ajuda a minha mãe, que tem idéias ‘mega viajadas’, a Julia e o Diogo (Spinelli) também me ajudaram muito, e não tive férias, ensaiava quatro vezes por semana. Não me senti em desvantagem, eu nem pensei nisso, não tive tempo, e achei que fiz minhas cenas no tempo certo, fiquei um pouco louca com os textos, mas consegui decorá-los.

LR: Antes do anúncio de sua eliminação, assistimos a um vídeo no qual a atriz Tathiana Bott aposta em você como a primeira a ser descartada, justamente por ter sido a última a entrar no processo. Você desconfia que esse sentimento era geral entre o elenco?

JP: Isso poderia acontecer, sim. Na verdade, eu passei a ser uma "válvula de escape" para alguns atores. Como eles não me conheciam, não se comprometeriam com o grupo dizendo que eu seria a primeira a sair. Incomodou-me um pouco, quando percebi que não seria assim só no começo, e ainda sinto isso. Acho que surpreendi algumas pessoas pelo que mostrei no palco.

LR: Repetindo a cena Ás de Espadas no segundo dia de apresentação, você pôde apresentar apenas dois monólogos. Se tivesse a oportunidade, qual cena ainda gostaria de fazer e por quê? O que o público perdeu com a sua eliminação?

JP: Gostaria de ter apresentado a cena 4 (de Copas), porque era uma cena simples e diferente pra mim, onde eu usava objetos não habituais do meu dia-a-dia. O público perdeu a chance de ver o que consegui fazer em apenas um mês, deixando de analisar a minha capacidade no palco.

LR: Agora, já tendo assistido ao espetáculo da platéia, qual conselho você dá aos atores-jogadores restantes?

JP: Não adianta só ter talento, tem que ter torcida!

LR: Você concorda com as eliminações realizadas pelo público até o momento (Camilo Schaden, Rafael Souza e Tathiana Bott), incluindo a sua? E qual seu preferido ao título de Ator-Canastra?

JP: Não concordo. Meu preferido é o Estéfano Romani, mas é bom ele decorar melhor os textos.

LR: Para você, o que representa o Projeto Canastra?

JP: Uma grande experiência de autoconhecimento, tanto profissional como pessoal.

LR: Escolha alguém especial e deixe uma mensagem. Deixe outra para o público.

JP: Crupiê, sua hora chegará! E para o público: continuem prestigiando o Projeto Canastra e votem com consciência.

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